A V E R S Ã O
Assim como o céu escurece de repente e vem a tempestade.
Assim como o dia passa e vem a noite escura e fria.
Assim, não mais que de repente começou a minha agônia.
Era tanto amor que eu não imaginei existir a solidão.
Era tanta felicidade que os demais sentiam inveja.
Era tamanha a confiança e hoje é maior a incerteza.
Como pode o tempo mudar e trazer tristeza ao coração?
Como eu pude ser tão ingrato apenas em uma noite?
Como pôde o teu amor mudar e nascer por mim essa aversão?
Hoje eu me pergunto e a resposta não aparece.
Hoje eu mendigo uma migalha do teu amor e tú dizes não.
Hoje eu reconheço o êrro que cometí, e aceito a solidão.
Mas nada vái ser ruim para sempre na minha vida.
Se eu tive o teu amor um dia, eu posso tê-lo novamente.
Se outros pecados foram perdoados, outros amores resgatados.
Eu vou brigar contigo, para te amar e ser o teu amado.
Manaus, 20 de abril de 1992.
Marcos Antonio Costa da Silva