De que vale?

De que vale, passar pela vida

sem o sofrimento do amor?

Sentir somente alegrias,

contentamentos,

sonhos que se fazem realidade

em camas que são frias,

sexo, sem o aparato

do carinho.

De que vale, pensar

que o sofrimento,

pode ser evitado

se a beleza do amor,

mora muitas vezes,

na dor que consome

horas de angústias

por não saber do ser amado?

Do que ele pensa,

do que pode estar fazendo,

sentindo ou sonhando?

O amor, só pode ser real

se tem uma dorzinha

que sobe pela garganta

e desemboca pela

espinha dorsal,

como se fosse uma

energia cósmica,

alquímica,

solvente de tanta ternura

que nem mesmo todos

os deuses,

serão remédio para

tanta loucura.

Marcia Barroca
Enviado por Marcia Barroca em 02/06/2006
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