De que vale?
De que vale, passar pela vida
sem o sofrimento do amor?
Sentir somente alegrias,
contentamentos,
sonhos que se fazem realidade
em camas que são frias,
sexo, sem o aparato
do carinho.
De que vale, pensar
que o sofrimento,
pode ser evitado
se a beleza do amor,
mora muitas vezes,
na dor que consome
horas de angústias
por não saber do ser amado?
Do que ele pensa,
do que pode estar fazendo,
sentindo ou sonhando?
O amor, só pode ser real
se tem uma dorzinha
que sobe pela garganta
e desemboca pela
espinha dorsal,
como se fosse uma
energia cósmica,
alquímica,
solvente de tanta ternura
que nem mesmo todos
os deuses,
serão remédio para
tanta loucura.