Nada sei

Não sei o que o meu amor não tem,

pois não alcança o seu.

São mundos dispersos que envolvem estradas,

dissipam sonhos, realizam e figuram

na incerteza dos passos caminhantes.

Percebo no vago rascunho de minha vida

sua presença que se torna o desenho

sem cor, observado no delineamento

disforme de sentimentos.

Nada se faz presente diante da mágoa

que persiste, insiste habitar meu peito

e machucar a alma , sempre poética.

Tocando o silêncio da noite e o barulho

do dia vivo na solidão perfeita

do amor que não tenho.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 05/07/2009
Código do texto: T1684030
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