Meu amor


Será que é em vão procurarmos um amor?
Temos que primeiro nos livrar do amor de ambas.
Quem sabe assim conseguiremos enxergar quem nos rodeia.
Não sei você, mas acabei isolando no meu orbe.
Já não posso dizer quando meu olhar abrange você.

Talvez tudo isso tenha um significado diferente
É muito mais que intenso, ter de volta o que não se pode ter
É como se fosse possível desabotoar minha fantasia,
Em minhas dores, abnegando nossa história.
Inibindo o sorriso por uma lágrima, que vacila,
E teima em cair e sai sangrando, queimando,
Sufocando inibido meu querer.

Não posso falar o que penso,
Nem o que sinto, muito mais o que pretendo...
É o orgulho prodigioso que desnuda
No sentimento hostil sem meias-verdades.
Aprisionado dentro de um peito, lacerado,
sem esconder os pequenos defeitos,
porém totalmente convicto dos caminhos incertos.

Carrego um amor mutilado.
Que não tem estrutura para se levantar.
Lágrimas que não se entende.
Saudade transparente na escrita.
Dor oculta em meu ser.
A procura se torna inútil.
Encontro e não consigo segurar.

Noite, escuridão, solidão,
Sem luz, sem brilho, sem estrelas,
Mas com você no coração.