DESEJOS

“Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.”

Fernando Pessoa

Do vento a lânguida carícia,

dos seus lábios os beijos

quentes, molhados e loucos,

do seu olhar a doce ternura.

Do vento a íntima leveza,

do seu corpo todo o desejo

e tenros afagos da paixão,

do seu dormir o sossego.

Do vento a pura liberdade,

de você o amor que pulsa

carente e real no seu peito,

do seu sorrir a calma e paz.

Do vento a falta de rumos,

de você o incerto e o lógico,

todo querer bem e meiguice,

do seu sonhar toda a fantasia.

Do vento o balançar das folhas,

do seu corpo o calor nas noites

e toda sua avidez em saciar-se...

É sua hora de amar e ser feliz.

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 11/07/2009
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