Outro nosso ano
Penso não em dias, semanas, ou meses e sim nos momentos que o tempo não conta.
Quando juntos alteramos a perspectiva da ordem cronológica.
Próximos, às horas alteram-se em segundos, somos intensos, o tempo parece invejar nossa união acelerando a chegada de nosso apartamento.
Afastados brinca a saudade conosco. Dias parecem meses longe de ti.
A cada menor contato: novo hiato.
Tempo nosso de declarações ao telefone.
Furtamos para nós esse momento.
Somos indiferentes à realidade.
Outro ano que só rememoro o tempo a seu lado e como esse tempo torna suportável o resto dos dias.
Espero mais momentos assim, para que um dia o próprio tempo acompanhe nossa rotina de amarmo-nos a qualquer momento... nesse tempo teremos encontrados a nossa distorção da relatividade.
Viveremos tempo estático da entrega também eterna.