Para Marina

Caminhando entre árvores antigas, com o sol já se despedindo daquela floresta, já esquecida pelas inúmeras crianças que naquelas trilhas buscavam aventuras, frutas, serestas, enxerguei ao longe à beira de um riacho uma menina, morena, cabelos longos e olhos negros. Não percebendo minha presença, acompanhei suas lágrimas por um tempo.

Ela conversava consigo mesma. Dizia que se achava sozinha, triste, sem um amor para recordar, indefesa, sem amigos para ampará-la. Decidi me aproximar, quando ela se assustou, perguntou quem era e o que queria. Disse que era um caixeiro viajante, vendedor de pedras preciosas de um lugar muito distante.

Decidi então presenteá-la com um anel de brilhantes, um pouco raro, cunhado na planície do Cairo, no Egito, com a seguinte inscrição: Você será muito amada!

Ela disse então:

- Não posso aceitar, você é um estranho, não tenho como pagar!

Então respondi:

- Aceite, pois quando sentir vontade de chorar novamente, lembre-se do caixeiro viajante, que por alguns minutos te amou, e deste anel de brilhantes, que selou para sempre em seu coração o verdadeiro amor, não do caixeiro viajante, mas daquele que te criou, o Deus eterno, verdadeiro, que aqui me enviou para te dizer o quanto você é especial e importante, minha flor. Agora vá pra casa, já está tarde, o sol já se despede, e sempre sorria. Vá em paz, Marina!

Álex
Enviado por Álex em 06/06/2006
Reeditado em 13/12/2013
Código do texto: T170233
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