Amor e dor caminham juntos



Oh dor! Junto a mim ao meu amor, ce maltrata-me arrancando lágrimas fazendo - gritar-me!
Porque o que eu sinto há tempo, o amor que eu tanto quis e que me veio.
Este amor, puro, singelo, despretensioso, meu foi-me vencido pela tua insistência quando ontem "bateu-me" de frente!
A ti coube a sua parte, a outra a mim e assim tornou o meu amor ao meio.
Um grude tu és hein ó dor! O seu pesar foi-me convincente e acolá és espaçosa e um tanto birrento!
Por ser também sorrateira e abelhuda me comoveu mostrando-me uma falsa comédia e desta forma me convenceu do teu estranho amor por mim.
Mesmo sem mim o querer a me persuadiu!
Agora estou pressentindo que aos poucos ce vai saindo do meu corpo e percebo que por inteiro ao meu espírito o quer ao teu domínio.
Ah não! Além do mais tem gulodice! És uma traidora e indomesticável!
Pois, darde-me um aperto dentro do peito e depois uma aparente folga e aos poucos a vejo querendo azucrinar o meu verdadeiro amor!
Arrependi-me! O que temos pode ser uma atração e não amor! Acho que eu não a amo! Talvez quem sabe não seja uma louca paixão?
(Arrependi-me! O que temos pode ser uma atração e não amor)
Mas não! És também altiva! Isso dói demais! É sufocante! Dá-me falta de ar! Teu provável amor por mim é doido; inconsequente!
Por dividir o meu amor contigo dou fé do meu coração a bater cardíaco; isso é doloso, é muito ruim!



E... Só que - Mesmo assim, às vezes deixa-me sensível demais e faz-me refletir sobre algo mais; uma certa sensatez, e como eu gosto disso!
A Saber, alguma coisa que o meu coração em certas ocasiões desconhecia, até mesmo um amor virgem não distinguiria!
Não, não! E nem assim e nem "assado" a quero. Não a desejo mais comigo! Nem de costas, nem de lado, muito menos por estarmos neste errôneo matrimônio, então sendo assim, a peço o divórcio, sem pena de ti; sem culpabilidade de remorso!
Não, não! Fique mais um pouquinho! Mas quietinha, sem muito me beliscar e consente-me ir com alegria a minha amada, no qual a darei um beijo de chicle e um cheiro voluptuoso no cangote perfumado dela.


Essa dor... Esse amor!
Caminhando um ao lado do outro.

O amor... A dor...
Ah! Essa dor ciumenta querendo azedar ao meu dulcíssimo amor.
Tudo porque eu não a deixei assoprar as velas de aniversário do meu bolo.

E assim vão os dois...
Amor
e dor caminham juntos.


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 Link’s abaixo, áudio anterior:
Eu não posso perder quem eu amo!
http://www.claudemirlima.prosaeverso.net/audio.php?cod=23246
http://www.recantodasletras.com.br/audios/mensagens/23246


Claudemir Lima – 14/07/2009