Ainda há tempo

Ainda há tempo para o amor

magoado de outrora.

Quando me deito ao lado seu

e sinto o toque suave de mãos

a percorrer a face é como

se ainda houvesse tempo.

Sei de dores que me marcaram

a alma e sangraram fundo

o coração que hoje bate

descompassado por você.

Ainda há tempo para eu

estar leve e livre em seus

braços, aconchegada em

seu peito quente e macio.

Ainda preservo intacta a

alma e o corpo que agora

é seu refugia-se dentro de

você feito a ave em seu ninho.

Busco palavras que traduzam

a realidade de um sonho

que vivo e dele me

recuso a despertar.

Ainda há tempo de eu ser

o que não fui, viver o

que não vivi, amar o

que sempre busquei.

Ainda há tempo de estar

somente ao seu lado,

beijando sua boca ou

simplesmente me perdendo

dentro das águas

de seus olhos.

Ainda há tempo para

dizer que desejo tanto

você e que a minha

alma se abre por

inteiro e joga-se aos seus pés.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 17/07/2009
Código do texto: T1704477
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