EU SEI TAMBÉM SER INGRATO

A aliança você jogou na vidraça, que estilhaçou.

Os nossos sonhos ficaram espalhados pelo chão.

Você que fez de mim seu amante escravo...

Zombou, iludiu, me humilhou como a um cão

Passou em meu rosto, o fim do nosso romance

E que na noite já não via um céu estrelejado,

Que a culpa foi minha por não saber lhe amar.

Mas se você era minha vida e eu vivia a seus pés ajoelhado!

O seu destino era mesmo o da orgia; do mundo,

mas quando me enfeitiçou era uma santa criatura.

Acobertei pela vida, sua natureza frívola e devassa,

E você não ligou, me deixou chorando de amargura

Eu sei também ser ingrato.

Passo por você com outros amores ao meu lado

Faço tudo que você não gostava que eu fizesse

Até comecei a namorar uma amiga sua do passado.

Eu sei também ser ingrato.

Desfaço de você, lhe calunio, bebo com outra mulher

E para que ninguém descubra minha tristeza

O meu coração partido... rever já não lhe quer...

Salvador, 17/07/09

Barret.