TEU ROSTO
Teu rosto me calou por um instante
(uma eternidade em um só momento).
Teus olhos me falaram fantasia,
Um semblante interativo (senti-me o próprio),
mas medrosamente deserto.
Teu rosto me buscou sem se insinuar,
Tão pouco me disse ao que veio.
Tinha um grito silencioso: Me entenda!
Teu peito me comprou como escravo,
Entreguei-me pela honra,
como um soldado derrotado.
Tua boca exclama e me pergunta:
Inventa-me! Ou sou mais uma?
Teu rosto me deixou sem resposta.
Sou eu mesmo ou minha vontade?