Do amor e seus rastros

Não sei do amor os passos,

Mas sigo-lhe o compasso

E quando passa, qual ventania,

Ainda perco-me em seus rastros.

Desconheço sua melodia,

Mas sinto-lhe a seiva, o gosto,

Sorvo seu mistério e poesia

Deleito-me, na agonia

De quem bebe do veneno a gota

última sem cogitar a sorte;

Em sua cadência absorta,

sigo, sem rumo, sem norte.

Shirley Carreira
Enviado por Shirley Carreira em 23/07/2009
Código do texto: T1715792
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