AMOR DE VERÃO

Vivo ainda nas fronteiras da incompreensão

Porque nunca entendi o amor acabado

Que eu que acreditara ser para sempre

Porque teria ele sumido nos barcos da ilusão?

Escreveste-me eu sei, ditada pela emoção

Notei palavras molhadas, seriam lágrimas?

Talvez você estivesse confusa no momento

Quem sabe pudesse ter sido o amor fonte da inspiração?

Eu quis acreditar que a brisa do romance

Ainda soprava desordenada na minha direção

Mas sabia no íntimo que eram os ventos de Maio

Semeando entre nós flores brancas da afeição

Pensei em lhe mandar de volta um verso vão

E com ele dizer-lhe que meu amor também morrera

Mas ele se trairia por uma tristeza perceptível

Da indisfarçável dor que ainda mora no meu coração

Melhor seria ler nos seus olhos e entender-lhe a razão

Mas, talvez eles não me mostrassem o que sentes

Quem sabe eles me disessem na sua frieza

Que os amores morrem assim que muda uma estação

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 01/08/2009
Reeditado em 16/02/2010
Código do texto: T1731374
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