Profano

Que amor é esse que doi na alma,

queima dentro do peito, me arrepia

me liberta, me transforma

me cria asas, me cresce as garras

me mostra a imensidão do mar

mas mesmo assim, é nessa ilha

que desejo ficar?

Prisioneiro de ti

Esta o meu coração,

amedrontado

Tomado por uma paixão

Que me assusta e me apavora

Me faz perder a razão

Me torna dependente, incoerente

Dona de minha liberdade

E ao mesmo tempo

Dentro de uma prisão

Que amor é esse

Que me expõe, me sentencia

me rompe os poros

me altera os sentidos, me denuncia

me deixa vulnerável, passional

me desperta prazeres adormecidos

desejos escondidos e me faz achar

tudo normal.

Que sentimento doido, profano

te beijar assim,

com o beijo mais profundo

mergulhar no teu gosto

navegar em teu oceano

conhecer as tuas águas,

ser teu elo, ser tua cama

ser tua paz, o teu sossego

tua coragem, teu medo

livre de você e assim

prisioneiro de mim.

angela soeiro
Enviado por angela soeiro em 11/06/2006
Código do texto: T173268