CANÇÃO DO AMANHECER


Muito logo, essa vila se desperta,
e eu aqui, com essa janela aberta,
sou um boémio, que essa noite não saiu.

Vejo a lua, com sua superfície tão calva,
fazendo companhia para a estrela Dalva,
vejo, essa noite, esse poeta não dormiu.

Estou agora, despertando meu violão,
que me acompanhará numa canção,
que cantava meu ídolo, Carlos Gardel.

Sei que não terei a audiência sua,
mas sei que estará me ouvindo a lua,
e todas as estrelinhas do céu.

Fim de madrugada.As estrelas se apagando,
e eu ainda aqui, nessa janela cantando,
estou a despertar, os vizinhos do arrebol.

Minha música também, dormir não quer,
também sente a saudade, de uma mulher
que tem a imagem gravada, no nascer do sol.

Estou saudando o nascer de um novo dia,
declamarei o que escrevi a noite, uma poesia,
antes que agora, o sono tente me abater.

Lua, estrelas, levem a amargura desse trovador,
só entregue minha música, para esse amor,
dizendo, que é minha canção do amanhecer. 


GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 03/08/2009
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