ÓPERA DA VIDA

A cortina se abre num pulsar:

Os músicos pegam seus instrumentos.

Um coração ansioso,

uma alma sedenta de luz,

outra que acalma ansiedades,

e o amor como ator principal.

pois envolvente é seu desempenho.

O maestro atento ergue a batuta,

e a sonoridade começa divina,

com o coração ditando compasso,

uma alma buscando espaços,

que outra já conseguiu escolher,

diante de um amor radiante,

surgido numa linda troca de olhar.

Vão afinando instrumentos,

alguns com sonoridades divinas,

como o cantar dos pássaros,

ou o despencar da cachoeira,

suave como uma brisa que acalma,

pois cristalino é seu som,

como as cordas de um violino.

Assim em sussuros tão calmos,

o amor vai conquistando a platéia,

que se envolve nas cumplicidades,

trocando afagos entremeados de beijos,

tantas são suas sutilezas envolventes,

que o maestro se esmera em ouvir,

para que não haja sons discordantes.

Ópera da vida de magias e surpresas,

onde os sons tem muitas facetas,

algumas ásperas e estridentes,

outras suaves como o tilintar dos sinos,

buscando sempre ter afinidades,

com a alma sedenta de amor,

e assim terminar o espetáculo.

05-07-2009