SERENATA

O poema não despenca, desce em pluma

Em tão suave e delicada serenata

Num vagar feito densa e oculta bruma

Descem versos e mais versos, qual cascata

.

O poema não despenca, desce em pluma

Deslizando pelo ouvido, chega à alma

Até que do leitor o sentir consuma

E reintegre ao seu ser a total calma

.

O poema não despenca, desce em pluma

Dedilhando lindas notas, uma a uma

E traz sempre suas rimas mais sensatas

.

O poema desce em pluma, tão sereno

E com o seu suavizar, canto ameno

Feito pluma canta, em versos, serenata...

.

(Lena Ferreira)