"PALAVRAS IRREVERENTES"

"PALAVRAS IRREVERENTES"

Vens

como um delírio vermelho

que me rouba as palavras

e a matriz da verdade

num rumor de cadeias

Como se não me fosse

consentido

o revoltado grito

e a irreverência das palavras

Repetem-se os gestos rotinados

e o nácar nas bocas alheias

alucinadas em seus espelhos

tecidos de monotonia

Quisera reinventar-te, poesia

com o sangue das rosas vermelhas

e o profundo rumor da alegria

LuizaCaetano

in Lisboa In Versos (versão alterada)

2009/08/07