SOLUS

Solidão sentimento mutilador,transpôs o afélio do meu ocaso

Suspiro arrancado das entranhas do meu sentir, dor dilacerante congelando no mais intimo do meu eu... Onde tudo começa, a Genesis do ser, no começo era o nada... A explosão, luz intensa cega qualquer pensamento, o racional habitat do pensar é ofuscado pelo ser emergente obscuro que me transformei...

Solidão... Dor de conviver sem viver, de sentir e represar, de sufocar com as próprias emoções trancadas no fundo de lembranças daquilo que um dia foi amor...

Amor pensado em ser para eternidade, mas que eclodiu em milhares de pedaços vitimado pelas armadilhas das tentações espalhadas no nosso caminho... Morreu como a explosão de uma estrela transformou-se num buraco negro no meu universo...

Solidão... Aspira-me... Congela-me... Agora somos apenas nós a nos mesurar numa razão de índices de refrações entre o real e o abstrato, o amor e o ódio, o céu e o inferno, Genesis e Fim.