Queria que soubesses

Queria que soubesses de minha dedicação

Do tempo que entrego solenemente a ti

Que acreditasses no meu fiel apego à tua condução

nas cálidas energias guardadas enquanto espero o momento...

Queria que soubesses daquilo que penso

Dos inusitados sonhos, sorrateiramente idealizados

Do zelo constante que guardo por ti

Ternura que se exalta e, incontida, entorna sem parar...

Se soubesses mesmo de todas estas coisas

Talvez em silêncio acreditasses por fim

E até não perdesses por vezes a razão

Se a perdes, ignoras motivos e te afastas...

Por isso não mais te aconteço

suporto não te ver, embora seja o que queira

Terás de achar-me por aí, se ainda me gostares

Devotada que sou, também sei partir...

E se sabes de mim o necessário,

Haverá de atalhar nessa busca,

Antes que ela não tenha mais sentido ou fim

Tendendo mais distante ficares de mim...

Queria que soubesses do amor e de saudade...

Mas a espera é por demais sufocante...

Ela pode esquecer seu sentido e, ao chegares,

Não ser certo achar-me do jeito que um dia me fizeste.

Nalva
Enviado por Nalva em 15/06/2006
Reeditado em 20/05/2014
Código do texto: T176063
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