Queria que soubesses
Queria que soubesses de minha dedicação
Do tempo que entrego solenemente a ti
Que acreditasses no meu fiel apego à tua condução
nas cálidas energias guardadas enquanto espero o momento...
Queria que soubesses daquilo que penso
Dos inusitados sonhos, sorrateiramente idealizados
Do zelo constante que guardo por ti
Ternura que se exalta e, incontida, entorna sem parar...
Se soubesses mesmo de todas estas coisas
Talvez em silêncio acreditasses por fim
E até não perdesses por vezes a razão
Se a perdes, ignoras motivos e te afastas...
Por isso não mais te aconteço
suporto não te ver, embora seja o que queira
Terás de achar-me por aí, se ainda me gostares
Devotada que sou, também sei partir...
E se sabes de mim o necessário,
Haverá de atalhar nessa busca,
Antes que ela não tenha mais sentido ou fim
Tendendo mais distante ficares de mim...
Queria que soubesses do amor e de saudade...
Mas a espera é por demais sufocante...
Ela pode esquecer seu sentido e, ao chegares,
Não ser certo achar-me do jeito que um dia me fizeste.