INTIMIDADE

Seguimos tateando os dias.

Procurando pelos olhos,

A curva,

Os lábios...

Delírio onírico que alvoroça o instante

Da alma e da carne.

Marcas. “A cicatriz... o sinal”,

A calma redescoberta!

É cerne dos dias roucos e suspensos.

... Amanhecer que rasga o dia à punhalada

Já temos tudo tocado.

Somos música!

Madrugada,

Janela aberta

Onde pousa a cumplicidade,

Abraço que protege do tempo parado.

Ah! Silábico amor paradoxal,

Liberto e enclausurado.

Vejo-te em todos os meus lados.

... Reconheço o cheiro de pitanga orvalhada.