Clarão da Lua

Recostei minha cabeça pesada e cansada no peitoril da janela

Uma luz suave entrou e me acariciou com se fossem suas robustas mãos

Mãos robustas e suaves, suavidade que só uma amor pode dar.

Parecia melodia, parecia poesia.

Senti um calor reconfortante, uma paz que me dava vontade de sonhar.

Olhei aquela lua, ela me parecia você.

Você que me protege, me cuida me ama do seu modo.

Aquele clarão entrando pela janela era o brilho dos seus olhos

A face daquela lua era sua pele suave com aroma agridoce.

Sob aquele feixe de luz percebi a grandeza de um mundo que só eu e você temos

Dancei mentalmente contigo.

Amei de uma forma só minha e sem pudores.

Reclinei minha cabeça sobre seu eito e chorei de emoção.

Porém quando abri os olhos, você não estava lá

Estava apenas um clarão da lua.

Anna Karenina
Enviado por Anna Karenina em 22/08/2009
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