Solidão de poeta

Faz tempo que não escrevo

meus versos não rimam mais

não escuto o som do vento

nem o assobio de saudade

nas noites de tempestades.

Ventania se foi

o tempo parou

a vida desandou

e... eu

no mesmo lugar!

Sentada numa pedra

de costas para o mar

admiro o pôr-do-sol

no entardecer....

E como num filme

projeto a minha vida

no pensamento,

e as lembranças vem a tona,

o passado se mistura com o presente,

e a saudade doe por dentro

quando lembro de um amor

que o vento soprou pra outro horizonte.

Longe do seu aconchego

Lembro dos seus braços

Entrelaçados aos meus,

e num abraço apertado

sinto o gosto do seu beijo

um arrepio corre o meu corpo

e o sangue queima por dentro

fazendo o coração disparar

e choro baixinho

pra ninguém escutar.

E neste momento

viajo no pensamento

pra pertinho do seu lar.

Encantada com a estrela do dia

deixo a magia do sol poente me levar

por alguns segundos fico fora do ar

como na poesia

lá estou eu a sonhar

na tela do pintor

ou num cartão postal

eu e voce abraçados

diante do pôr-do-sol.

bel Salviano Planeta Poeta
Enviado por bel Salviano Planeta Poeta em 26/08/2009
Reeditado em 27/08/2009
Código do texto: T1776673
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