Beijos...

Os sons dos beijos dos amantes

despertam os deuses da noite...

Todos os humanos se põem a disposição do amor.

E os abraços apertados por sob os lençóis

se mostram competentes faróis noturnos,

tudo se aclara nos sussurros dos corpos daqueles amantes...

E surge o paraíso sobre os leitos ricos e pobres

ou em nenhum, mas, no assento traseiro do carro...

E as palavras breves e irreais faladas, gemidas ou gritadas,

no momento do ato do amor, servirão de armas posteriormente.

E, na frente do juiz da Comarca, que de beca e caneta em punho,

marca a ferro e fogo (e a tinta fria), o corpo, a vida e até as rimas

mal feitas na noite de amor dos amantes, antes perfeita. Agora,

perdurará por uns 18 ou 21 anos, via de uma pensão alimentícia,

ou por toda a vida, ou enquanto houver mundo, um luar e amantes...

E, numa outra noite, mais uma vez, os sons dos beijos dos amantes

acordarão os deuses e todos se colocarão a disposição do amor.

De novo e igualmente. Ainda bem, assim caminha a humanidade, amém.

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 27/08/2009
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