QUE NUNCA SE ACABA

Pensava eu que sabia

apenas andar e caminhar

e comprar passagem

e seguir viagem,

era o que em mim havia,

mas tu, plena de imaterialidade,

me ensinaste a voar...

E voei sobre cordilheiras

e sobre pensamentos e geleiras

e mais alto fui

onde o céu conflui

nos confins

e solto e livre

amei-te,

feliz em mim...

E pensava no finito

mas eis que ouço um grito

e me chamas para mais

onde a terra murmura ais

de solidão imensurável

e fui

moldável

e muito mais capaz

alcancei-te entre memórias

e esculturas de lembradas glórias

e mais ainda levado em vaga

pelo amor

que nunca se acaba.