Ao tocar mais uma vez

E ao tocar, mais uma vez,

No teu rosto, estarei certo

De querer-te sempre por perto

Ainda que falte-me lucidez

E como se um mestre em xadrez

Concentro-me em ti como se nada mais

Em volta tivesse razão ou fosse capaz

De dar-me alegria como você fez

Ao tocar, mais uma vez, então

Teu rosto como eu desejo agora

Peço-lhe, não vá embora

Como se dissesse não

Fique até que, de cansado, eu entre

Num sono, cansado de admirar-te

Pois sei, que como desta minha arte,

Cansado estarei em morte, somente.

Júnior Leal
Enviado por Júnior Leal em 31/08/2009
Código do texto: T1784999
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