Paixão não é coisa de justos

Justiça é a Lei, não de advogados,

mas da morte, que se coloca como tabu,

do qual não podemos ultrapassar,

coibindo nossa carne, tornando o vivo puro abutre.

A vida é diferente, tem costume, tem cheiro,

tem alegria, tem tristeza.

Se morte fosse interessante, nasceríamos cadáver.

Defunto é coisa horrenda, que quando não corremos, nos corroemos.

Vida, é sol, que brilha e irradia luz.

Morte é a pena, que indica e diz que não podemos tudo.

Quem quer poder, já nasce perdendo.

Já nasce, perdido.

Vida, é obediência, sintoma da simplicidade.

pessoa do interior é cheia de graça,

porque não esfola a civilização,

apenas se submete na união.

Compartilhar é uma lei, não coleguismo universitário,

de pobres, que não tem o que falar, e só falam o que não se devia falar.

brigam como corajosos, mas no fundo são covardes,

pois brigam com a vida, de onda a morte só espia.

Compartilhar não é coisa de partido político,

menos ainda de se engessar em igrejas,

clamando por Deus, porque o demônio lhes perturba,

é isso, sim, muito mais sinal de culpa.

Viver ou compartilhar é tarefa da criança,

que na ciranda, onde todos pulam,

a pedra só é atirada pra brincar,

e não se atira pra apedrejar,

porque aí, já é brigar.

Viver é levar em conta cada passo,

não é tropeçar nas palavras,

porque elas não foram feitas do fogo,

e não devem ser incendiadas por mal-ditos lugares,

devem sim, ser expressadas,

com amor e ternura.

Paixão, não é coisa de sexo,

nem de gênero que intelectual só vive expurgando,

paixão é coisa, que não é coisa,

porque ela é: a nossa coisa.

e nós somos a coisa da paixão,

e, portanto, dela devem vim sempre uma visão.

arrab xela
Enviado por arrab xela em 06/09/2009
Reeditado em 06/09/2009
Código do texto: T1795708
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