Vem que eu quero...

Vem que eu te quero novamente
Preenchendo meus vácuos de intentos
Vem que eu quero, audaciosamente,
Partilhar meus ritos na sua viagem...
Encher as minhas mãos com os teus seios
Lobrigando nossos viveres incautos.
Vem que eu quero cobiçosamente,
Como se tu fosse a estrela na miragem
Encher tua boca com meus beijos
E deflorar na ânsia, os estros intensos...
Vem que eu quero vagarosamente
Flutuando na abobada úmida da ramagem
Explorar a tua escultura e,
Dar-te a semente desse amor em astros,
Pelo teu corpo, despudoradamente,
Vagando nas nuvens pousando na margem
Extravasar o meu desejo.
Ao bel prazer do momento versado em estros...
Vem que eu quero, livremente
No frigir dos toques nos sons que fremem
De mãos dadas, pelos pensamentos a fora
A batuta erguida ecoando vozes em decúbitos,
Encher de balõezinhos
Fagulhados, seu olhar satisfeito, a desaguar em rios
Os quadrinhos da tua história
Transbordando no corpo, o querer da memória...
Vem, que eu quero!

“ A Poetisa dos Ventos”
Deth Haak
19/9/2006


Texto inicial de Mario Rezende, o qual me atrevo nas entre linhas . Desculpe poeta, mais não resisti à poesia que sussurras...
Beijos poéticos morrendo do prazer. Deth Haak
‘ A Poetisa dos Ventos”

Deth Haak
Enviado por Deth Haak em 21/06/2006
Reeditado em 22/06/2006
Código do texto: T179768