SEMPRE VOU TE AMAR ( para a Ciranda da Maysa)

Há mais de vinte anos

séculos

nos reconhecemos

eu e tu

mais uma vez

como se fosse

de novo

a primeira

sempre a primeira vez.

Após tantos tempos

e estrelas

e planetas

em comum

vi meu rosto

nos traços do teu rosto

e assim também

te viste nos traços do meu.

Desde então

em nosso corpo eterno

vicejam

sempre tenras

sempre ternas

as plantas do desejo

que semeamos

nos jardins iniciais do Tempo.

Assim, como desde o sempre,

nos reconheceremos

haveremos

sempre

necessariamente

de nos reconhecer

no próximo Universo a nascer

a vir à Luz.

Zuleika dos Reis

(poema escrito, de primeira, em 07 de setembro de 2009, para a Ciranda proposta pela Maysa, aqui, na re escrita com uma mínima alteração).