Numa noite morna e morena...

Numa noite qualquer, não me esqueço,

ela brilhou mais que a lua...

Depois do banho para o seu sono,

Cheguei de repente. Eu a amei como nunca.

Foi num quarto simples, separado da casa.

Uma coisa meio louca, a TV ligada...

Pela vidraça, via-se um pedaço de céu!

E, uma noite morna e morena de presente prá nós...

O seu corpo desnudo, o seu beijo quente,

o gemido indiscreto, o seu corpo inquieto...

O seu jeito de fêmea, a melhor já houve,

dois corpos trêmulos arrebatados pelo desejo.

Foi um instante mágico, um afago na alma.

Os seus pelos brilhavam no reflexo da lua

que sorrateiramente adentrava no quarto.

E minha boca brincava na boca dela.

Eu demorei naquele amor, senti o gosto,

gravei na mente as imagens daquele corpo...

Os movimentos, a perfeição, os gemidos

e os pelinhos dourados daquelas pernas.

Eu fui um imperador naquela noite...

Ela, a minha Deusa do amor, o encanto.

Naquele quarto pobre a mulher mais bela

e o homem mais feliz reinventaram um jeito de amar.

Saí pela noite flutuando na avenida.

Aquelas imagens sendo eternizadas.

Mas, como tudo na vida passa, passou!

Ficaram pedacinhos de amor que darão mil poemas.

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 19/09/2009
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