Preso em meu Sangue

Preso em meu sangue

Há verão lá fora

Mas dentro de meu quarto é inverno

A neve que em minha alma aflora

Traz em meu olhar o frio eterno

E a doce alma que entrelaçou-me aquele dia

Fez do efeito um fato eleito, fazendo da promessa um defeito preso em meu sangue...

Onde jaz da lua teu raio mais perfeito

Estarás o brilho doce de uma estrela que deleita um vulto

Daquele algo que desconhece o saber de um direito

Que faz da regra a lei de um amor oculto

E do corte veio a chaga de uma dor que faz vazar o sangue, impossível talvez de se estancar

E nesse sangue que vaza flui a lembrança daquele amor preso em meu sangue...

Por onde quer que o vento de um novo dia

Cavalgue a aurora, a tarde e a noite.

O verde da colina um dia nossa cama de amor seria

E sempre que tu respirar a brisa

Sentirás o perfume e minha alma aflita...

E quando ver teu coração sangrar

Verás também o sangue meu jorrar

Quando olhares no espelho a se admirar

Verá de volta o meu olhar

Sempre que de mim lembrar

Em teu sorriso irei estar

Pois daquele sonho feito com instantes

A em instantes de encontrar

Todos os instantes restantes

Pois toda minha lembrança reside

No lugar que minha alma divide

A minha vida antes de te encontrar

E minha vida depois de vivê-la a te procurar...

Pois assinei na alma um amor

Por nosso amor, preso em meu sangue.

A.C.

Ddéia
Enviado por Ddéia em 25/06/2006
Código do texto: T182077