NÃO ADEUS

Depois da queda das flores

Tudo ficou tão pobre

E ao olhar para o fim do dia

Na esperança de sensação nobre

Pode perceber a desolação

As vistas eram poucas

Murchas e sem vida

E nada acalentava o coração

Na ida da querida que partia

E ao véu da noite se dissipava

Em tênues acordos com a dor

Faltava tudo e sabia

Não sentia ardor

E num dia, diferente de outros

Grande dia de solidão

Viu a folha ressequida

No exato momento da queda

Pesares de sensação perdida

De sua ingênua lágrima

Estava brilhante

E possuía coloração sem fim

Com o encontro do sol com o chão

E mais se apresentavam

Na grande orquestra natural

Viu pequenas luzes a frente

Dizendo-lhe: Não é o fim, Afinal

Eram belas, reluzentes e naturais

Como a luz dia que nos presenteia

E raramente a percebemos

Do verde tão singelo

Que não percebemos a sua cor

Como o vento que acaricia

E despercebidos sentimos

Era ela, a Amada

Que voltava simples

Em vestes de espírito

Pura e Angélica

Mostrando que como primavera

Depois do ate então maior inverno

Retorna mais fulgurante

E absolutamente mais bela

E eles não mais se despediram

Ali estava fundamentado

Um conto, não mais que um só

Conto do verdadeiro Amor

Aluísio Bórden
Enviado por Aluísio Bórden em 28/09/2009
Código do texto: T1836489
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