NÃO ADEUS
Depois da queda das flores
Tudo ficou tão pobre
E ao olhar para o fim do dia
Na esperança de sensação nobre
Pode perceber a desolação
As vistas eram poucas
Murchas e sem vida
E nada acalentava o coração
Na ida da querida que partia
E ao véu da noite se dissipava
Em tênues acordos com a dor
Faltava tudo e sabia
Não sentia ardor
E num dia, diferente de outros
Grande dia de solidão
Viu a folha ressequida
No exato momento da queda
Pesares de sensação perdida
De sua ingênua lágrima
Estava brilhante
E possuía coloração sem fim
Com o encontro do sol com o chão
E mais se apresentavam
Na grande orquestra natural
Viu pequenas luzes a frente
Dizendo-lhe: Não é o fim, Afinal
Eram belas, reluzentes e naturais
Como a luz dia que nos presenteia
E raramente a percebemos
Do verde tão singelo
Que não percebemos a sua cor
Como o vento que acaricia
E despercebidos sentimos
Era ela, a Amada
Que voltava simples
Em vestes de espírito
Pura e Angélica
Mostrando que como primavera
Depois do ate então maior inverno
Retorna mais fulgurante
E absolutamente mais bela
E eles não mais se despediram
Ali estava fundamentado
Um conto, não mais que um só
Conto do verdadeiro Amor