Meu anjo

Miro a luz do meu olhar no fio do horizonte,

solta, voa por entre o oceano que te esconde,

num roubo que escandaliza toda a gente boa

que na vida deseja amar e ser amado na proa.

Rogo aos quatro ventos e a furiosa tempestade

que não tardem na queda dessa imensa maldade.

Faço-me ouvir! Brado no canto suplicado no hino

a inundar de paixão, liberta o homem, meu divino!

Mistério/magia/sedução! Percorrem alto o mastro

erguido no levante das ondas a fortalecer o lastro,

desejoso em se fazer cumprir o destino marcado

no quente da areia a refletir no céu o seu riscado.

Nesse encontro anunciado pelos deuses em clamor

nada ou alguém será impedimento ao beijo de amor,

doce sabor... O Universo conspira ao som do banjo,

entoa alta melodia a saber; onde está você meu anjo?