LASCÍVIA!
 
Alicia-me com versos luxuriosos,
Com palavras que a boca não proclama,
Por pensar que ao amor profana.
 
Afague-me o recôncavo sem pudores.
Despertando no âmago meu ser libidinoso.
 
Preencha as reentrâncias da minh’ alma
Com o que de palpável posso sentir.
 
Faça e refaça incansavelmente,
Os contornos do meu corpo...
Com o olhar tão sequioso...
Que em versos não ousarei traduzir.
 
Refletor de mim... Leio-te... Releio-te...
Até sentir o anseio dos teus prazeres.
 
Escreva-me em teus versos
Assim como te descrevo
Em minhas estrofes...
 
Arrepiando a pele... E tão a flor da pele...
Que o teu querer se faz em mim.