Devaneios II

Nasci naquela maresia de sonhos

Onde havia ódios de almas perdidas

Em claves de sol e de mantos risonhos

Iventados numas noites estendidas!

O tempo passava entre as mãos,

Gretadas, rudes e tão meigas

Que até a ternura invejava

Carícias de campos e veigas!

Nasci ali , no lugar do poema,

Sem rubor, sem pétalas nem o dilema

De chamar ao amor o puro do cristal,

Perdido na noite, aurora boreal.

Ah! Oh dores de paixão e de ternura

Que exaltam meu sonho e a loucura

De amar só por amar, como o poeta!

Aqui, num recanto de pedra que me ecleta

A raiz onde nasci, sou sonho, verdade,

Talvez amado, amante, amor errante

Num navegar de návegas de mar sim fim

Onde me acalento no abraço, em mim!

Jose Domingos
Enviado por Jose Domingos em 04/10/2009
Reeditado em 04/10/2009
Código do texto: T1848101
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