Seu Calor

Quando me convida com todo atrevimento

Para uma dança profana já começo a delirar

Seu calor provoca em meu corpo um intenso suar

Sinto o seu desejo pontudo de homem sedento.

Meus pensamentos sórdidos vagam pelo ar

O corpo frêmito, apto para o acasalamento

Mergulho em ti bebo seus beijos e deixo-me levar

Pelos enleios e volúpias, desse propício momento.

Derreto-me qual bolinha de sabão a flutuar

É tanto desejo... é quase um tormento!

A sua arte de sedução me enlouquece e faz delirar

Sussurros e obscenidades num breve chamamento

Para viver um amor insano que me faz pecar.

Que de mim se apodera sem discernimento

Desvenda meus segredos, é convicto do meu desejar

Entre loucuras e prazer, amamos com enternecimento.

Diná Fernandes