APRISIONADO

 
Noites em sombras acolhem o sentir,
nostalgia sufoca a melodia da alma.
Matéria cansada, prestes a sucumbir,
sentimentos em alamedas silenciosas.
 
Sonhos são aves distantes da liberdade,
acuados entre o espaço frio da gaiola.
Olhar verte sua crescente ansiedade,
solidão impiedosa agrilhoa o tempo...  
 
Canto se cala em vazia inquietude,
silêncio cortante que sangra a dor
espargindo lamentos na amplitude
e toda a fantasia perde a cor...
 
Sofre suas penas um melancólico viajor
que buscava a luz branca que alumia
e ficou aprisionado, num olhar sem amor...

 
15/11/2007
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 07/10/2009
Reeditado em 11/06/2011
Código do texto: T1853507