APRISIONADO
Noites em sombras acolhem o sentir,
nostalgia sufoca a melodia da alma.
Matéria cansada, prestes a sucumbir,
sentimentos em alamedas silenciosas.
Sonhos são aves distantes da liberdade,
acuados entre o espaço frio da gaiola.
Olhar verte sua crescente ansiedade,
solidão impiedosa agrilhoa o tempo...
Canto se cala em vazia inquietude,
silêncio cortante que sangra a dor
espargindo lamentos na amplitude
e toda a fantasia perde a cor...
e toda a fantasia perde a cor...
Sofre suas penas um melancólico viajor
que buscava a luz branca que alumia
e ficou aprisionado, num olhar sem amor...
15/11/2007