As coisas do amor
As coisas do amor são muito sensíveis
São imprevisíveis
São quase impossíveis
Intuem, percebem mas nunca ponderam
São tão impalpáveis.
Quando se encontram, são doces afagos
São beijos ardentes
Desenhos oníricos de louca paixão
Mas, na despedida, são como punhal
Que fere, mutila
Que risca a pele
Em golpe fatal.
Ah, as coisas do amor!
São tão intangíveis
Tão contraditórias
São ternas, humanas
Que fazem o pobre perder a noção.