Inevitável


Viver o inevitável
Consciente dessa paixão
Que cresce pouco a pouco
E me alimenta numa ilusão

E é quando me deito
O espírito em magia vagueia
E ao mesmo tempo entremeia
Uma poetisa desnuda a teia

E esta sorte de vida agora
Poderia ser meu maior presente
Algo de bom que se tem e sente
Acaso não te sentisse ausente

E este amor em metáforas
Que demonstro em meus versos
São quimeras de um peito calado
Em sementes de amor aos prados

E tens-me como um azul cristal
Que exala o meu perfume e sal
Lapidando flores num olor fatal
Insano, irreverente e abissal



02/10/09
São Paulo – SP
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