O SABOR DO AMOR

Vem

Que pouse só um instante

Que tudo em mim por ti cante

Em quente canto delirante

E faça-se abrir o portal

Que ao coração conduz

E nada mais seja igual

Ao que não se traduz

Como fábula contada

Vivamos em pura essência

E ante o tudo e o nada

Sejamos permanência

Que se desfaz e recomeça

Sem hiatos de loucura

Pois que ao nos amarmos

Somos risos e ternura

Vistos ao longe felizes

Trigo ouro felicidade

Todos os matizes

Mentira e verdade

Incessante pouso em flor

Reais em pura constância

Provemos o sabor do amor

Tão antigo como a infância.