AMOR DOS VINTE ANOS

Lindos sonhos dos meus vinte anos foi um dia,

Senti volver-me no peito com euforia,

Hoje enfermo de amor meu peito chora,

Mas em meus lábios o sorriso mora.

Achava-me garboso, garanhão então,

Sei que a saudade mora no meu fraco coração,

E de tudo que já fui, ainda amante sou,

A lira dos meus vinte anos, agora sei, passou.

Naqueles tempos áureos de paixão ardente,

Nosso amor era real, firme e presente,

Hoje saudade ficou, daqueles amores antigos

Porém contente estou, somos bons amigos.

Dentre os desvarios e todos nossos enganos,

Somente triste fiquei, quando embora foste novamente,

Senti naquele dia, a derrocada dos meus planos,

Porque assim iria também embora os meus vinte anos.

Poderia ser diferente, aquele passado, aquela era,

Mas não, disse o poeta: nada é eterno,

Assim é a vida de todos, o destino sempre espera,

O grande amor dos vinte anos, guardo hoje interno.