A moça e a lua...

Sou a moça que sonhou com a lua

Suspensa a iluminar dois corpos quando

O amor caia... E no outro corpo ia pingando

Enquanto a lua espalhava o seu lume... Totalmente nua.

Sorria eu... Sorria a lua prateada

Em fulgores, as duas, uma iluminava, a outra refletia,

Sobre o outro, que mansamente, como brisa, a mão acaricia,

Onde pulsa, entre os dois, na anatomia, a parte mais extasiada.

E nos tremores, os temores se distanciam,

Chegam a se fecharem, os olhos de uma lua envergonhada,

A emprestar seu brilho a uma alma tão imensamente apaixonada

Que ao dar-se ao outro, se igualava as estrelas que no céu surgiam.