NEM O TEMPO...


A solidão ligeira se apossou
deste meu corpo frio e vazio.
Alma em saudades, leito frio
onde a solidão se deitou...

Colho ora, migalhas de um todo,
onde os sonhos se repartem
e soltos, à revelia, partem
deste meu frágil coração tolo.

Meu ser em dores padece,
emoções jazem no fundo do poço.
Lembranças sempre relembrando
o desejo, em noites de alvoroço...

Final inesperado de um amor,
marcas registradas de um tempo
onde a vida era luz, som e cor
e a pele transpirava sentimentos.

Sigo um caminho que desconheço,
lágrimas de tristeza regam este chão.
Não levo mágoas... amor tem preço!

Momentos meus, que o tempo não levou,
pois até ele, que tudo carrega
sabe que sem este amor, nada sou!

Maio/2007
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 22/10/2009
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