Meu Jeito

Enquanto as palavras morrem

O sentimento resiste no silencio

Inebriado pelas frases não ditas

Mas vivas no alvorecer do amor

Inerme na solidão e no tempo...

Sem jeito, sem tempo, sem hora pra chorar!...

Sem prever tempo pra tê-la, a vejo na musica

Espero com ânsia o tempo de amá-la e a amo muito...

A amo do meu jeito. Sem jeito pra esquecê-la

Assim, desse jeito, talvez, nunca vá compreender.

A sinto nas letras, versos, acordes. Tudo fala seu nome!

Assim, d’um jeito que gosto, que quero, que não sei dizer...

O tempo é carnífice do amor mudo. Eu sei!

Mas nem assim queria dominar as palavras

Se o tempo não me fizesse senti-la.

Senti-la como o sangue a fluir nas veias

Como o pulsar do coração a senti-la acerca

Mas além dos meus desejos ocultos, sem voz.

Do meu jeito, a amo tanto que animo o silencio

A transformo num acorde, na melodia que acalma

N’alma que permuta calada e clama meu nome...

Do meu jeito esqueço o tempo, a ilusão me anima!

Assim espero o tempo de amá-lá!...

Sabino Marques