Para sempre

Não há como descosturar o que foi tecido com ternura

Fios da alma

Momentos, laços, abraços que vestiram razões do existir

Vestido está para sempre

Vestes que transparecem no passeio diário dos olhos

Saboreiam cada pedaço do dia

Olhar os gerânios nunca é solitário com as vestes de sempre

O bosque exala o seu frescor ao sabor do amor incorporado

Em cada recanto a presença que se fez

Que se tornou e que transbordou é verdade por amor demais

Esbanjou de tal maneira que se foi em partes debandado

Mas no corpo o sentir conserva-se intacto

Vestida assim a vida faz sentido e é solenidade

Comemoração do princípio da felicidade

Aceitação da única verdade, verdade lavrada

Substância do sempre, sulcada está para sempre