Tu? Flores!

Tu fostes (...). Tu, flores!

Eu, um besouro a golpear a vidraça,

Confuso, até notar as cores.

Não me lembro quando,

Sei que o olhar passou vagaroso,

Quando meus cabelos começavam a branquear

E vergavam-me os ombros.

Um amanhã incerto e deserto cegava-me.

Tempo de ilusões perdidas,

Frustrações encontradas.

Um dia, acordamos juntos

Mas era sol alto!

Passava da hora, do tempo...

Cedo, descobri que era tarde.

Mais tarde, descobri que ainda era cedo!

Tu? flores!