Diz que malmequeres

Jamais almejara tê-la

Então te amei e te amo

E nada foi tão súbito

Nem inadequado desejo

Inda que fui estúpido

Depois de te amar, eu sei

Se não te cativei, não te desonrei

Ninguém, nem tu, pode duvidar

Desacreditar do quanto te amei

A minha dor só teu amor atenua

Não é letal a ausência tua

Terei sempre onde ir, entanto

A qualquer lugar sem ti, um canto

É isso mais vulgar, um tanto

Que meus versos de acalanto

Se não os queres, já o disseste

Não são feitos só de amor por ti

Crê, então, os faço para sofrer

Porque apraz condoer-me

Porque sou mesmo egoísta

É a queda do exibicionista

Diz-me, amada, se malmequeres