CRENTES IDADES

Fantasiávamos anular às reminiscências

e nos desdobrar de vez em aliterações.

Trajávamos paixões,

afecções,

convicções...

Panfletando entre angústias, liras, sambas, grunges

e abstratas revoluções.

Debruçávamos em julgos,

acerca de concatenações semânticas,

das enferrujadas Laranjas Mecânicas.

Deslizando entre componentes,

diagramas, planos, cervejas,

cortes caóticos,

determinações imanentes...

Canoas de seda,

apontavam Chico Science e a Zumbizada!

Adoled:

uno e múltiplo,

girava.

Patrão aporrinhava,

enquanto a Caravana passava!

“Rodrigo, que amava Uísque e amava Miriam, que amava Política e amava Joana, que amava Bolas e amava Ecstasy e amava Adão, que amava Erva e amava à Gab, que amava o ‘Beira’ e amava Amélia, que amava Doce e amava Theo, que amava Chás e amava Hélio, que amava o Rafa, que amava o ‘Planet’ e amava os Livros e amava Lisa, que amava à Miriam e a Cocaína, que amavam à Lapa, que amava toda a Quadrilha”!

*BASEADO NO POEMA “QUADRILHA” DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE; NA MÚSICA “FLOR DA IDADE” DE CHICO BUARQUE E FRANCIS HIME; E NA OBRA DE GUILLES DELEUZE E FÉLIX GUATTARI.