AQUELA MULHER

Mal sei seu nome

vejo nos seus olhos uma força incalculável

e em seus gestos uma doçura quebradiça

Como o junco que resiste a tempestade e as monções

mas quebra-se ao descuido de uma mão

A graça te acompanha

A ternura te persegue

Meus olhos me permitem

Imaginar o que seria

O que seria se permitissemos

nos conhecer melhor

e tentar ter algo em comum

uma história, uma risada

uma criança, uma vida

AH ... se ela percebesse

o brilho dos meus olhos

quando encontro os olhos dela

feito um imã

que se atrai

aos olhos daquela mulher que mal sei o nome.

Pedro Beaklini