Lucidez...

Hoje, dou como certa a minha insensatez...

Doidamente lúcido, depois da embriaguez...

Dos sentimentos seus, ao se imporem de vez!

Percebo agora o tamanho da minha pequenez...

Perder-me no caminho, revelando toda estupidez...

Abandonando-te frágil e sem a menor lucidez!

Não havia fluidez, havia falta, havia muitos “talvez”...

Havia indiferença, falta de carinho e pouca calidez...

Mas existia desejo, ardor silencioso, quase uma mudez!

Tinha eu e você, juntos, sempre em nossa total nudez...

Que se entregava, ardia e revelava nossa rara timidez...

Minha tez, com tua tez, com ritmo e com desfaçatez!

Mas tudo se calou, perdeu-se a razão e a nitidez...

Um sentir que se fez, baseado em notória solidez...

O delírio, a fantasia, a ilusão... finda em total escassez!

Marcelo Scot
Enviado por Marcelo Scot em 19/11/2009
Código do texto: T1932096
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